Quando uma área do conhecimento se torna muito popular, não é difícil encontrar quem se autointitula “especialista” e “sabedor sênior” em tal ramo, certo (ou não) de que tem algo a acrescentar nos debates sobre o assunto.
Como jornalista (de verdade, com diploma, tá?), vejo que esse comportamento é muito comum em relação ao Marketing. Todo mundo (mesmo que sem formação ou estudos significativos na área) acha que sabe muito sobre o vasto – e complexo – universo do comportamento do consumidor, das marcas, das mídias e dos mercados.
E, cá entre nós, isso acaba atrapalhando demais o trabalho de quem, de fato, entende do assunto e se esforçou (e continua se esforçando) para aprender princípios que efetivamente geram resultados e fazem a diferença para marcas pessoais e corporativas.
Com isso, não quero dizer que apenas quem têm formações exaustivas em Marketing têm vez e voz para se posicionar sobre o assunto – até porque o Marketing é sobre pessoas, e não há como trabalhar bem nesse ramo sem ouvir várias delas.
O ponto é: quem não é expert no assunto não deveria agir como se fosse, colocando o dedo (e às vezes o corpo todo) em assuntos sobre os quais não sabe duas linhas, e cujas falas podem mais atrapalhar do que ajudar.
E isso é um tanto quanto complicado, afinal, o ser humano tem essa mania inata de falar, opinar e, até mesmo, se intrometer em assuntos alheios à sua realidade e à sua compreensão, não é mesmo?
Penso que cada um de nós deve ter horizontes amplos, conhecendo um pouco de várias coisas, mas focando no que de fato lhe cabe e no que se sabe fazer com maestria.
Até porque, como diz esta frase, “Quem atira para todos os lados, perde o alvo principal”.
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