
Quando fiz 20 anos, percebi que tinha chegado à idade em que podia definir o que, de fato, gosto e não gosto. E quando fiz 25, notei que tenho ficado bem mais seletiva em lidar com certas coisas no grande universo do que gosto e do que não gosto.
E uma das coisas com as quais passei a me incomodar foi o Explorar do Instagram. É um amontoado quase que infinito de vídeos, imagens e anúncios que se avolumam e se interpõem, deixando qualquer ser humano naturalmente ansioso ainda mais agitado diante desse oceano barulhento de conteúdo.
Por lá, falta ordem, profundidade e, claro, um algoritmo mais inteligente, alinhado para o que, realmente, o usuário considera relevante e necessário, em vez de exibir publicações aleatórias, sobre as quais não dou a mínima e não poderiam me interessar menos, por exemplo.
E aí já tem um sinal de alerta, afinal, quem busca profundidade e boas histórias, não deveria estar vagando indefinidamente pelo Explorar, mas sim buscando, estrategicamente, perfis autênticos, alinhados ao que realmente lhe importa – e, também, procurando conhecer mais o mundo fora das telas.
Acredito sim que o Explorar pode conectar boas marcas a clientes em potencial, mas também pode fortalecer um relacionamento cada vez mais viciante e, quem sabe tóxico, entre “criadores de conteúdo” e usuários sem filtro.
Será que não tá na hora de repensar a forma como temos rolado os feeds e de parar de normalizar esse hábito que, embora nos leve a muitos “lugares”, pode acabar nos deixando em lugar nenhum?
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